O Dia Internacional da Síndrome de Down é celebrado nesta terça-feira, 21. A data tem como objetivo o reconhecimento da luta por direitos iguais, sensibilização e redução de barreiras. Este ano, o tema desenvolvido pela Organização das Nações Unidas (ONU), é Conosco, Não Por Nós.
Conhecida como trissomia do cromossomo 21, a Síndrome de Down não pode ser considerada uma doença, pois é uma condição inerente à pessoa, portanto não se deve falar em tratamento ou cura. Os sinais e os sintomas foram descritos em 1866, pelo médico inglês, John Langdon Down.
No Sistema Único de Saúde (SUS), o estímulo do desenvolvimento inclusivo e integral da pessoa com Down começa ainda no período pré-natal e se estende por toda a vida, pois a estimulação precoce e a identificação de possíveis patologias comuns da síndrome são essenciais para a qualidade de vida desse público.
Um exemplo desse serviço é o que vem sendo oferecido por meio da parceria entre a Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) e o Hospital e Maternidade Dom Orione, que, desde o ano passado, tem prestado o atendimento ambulatorial para mulheres em gravidez de risco, onde a futura mamãe é acompanhada por uma equipe multiprofissional que oferece o apoio antes e durante a cirurgia, reduzindo assim os riscos para as gestantes e os bebês.
Outro serviço oferecido por meio da SES-TO é o atendimento nos Centros e nos Serviços Especializados em Reabilitação (CER/SER) que oferecem às famílias as especialidades de nutrição, fonoaudiologia, serviço social, enfermagem, psicologia e fisioterapia. “Nossa equipe sempre trabalha no foco de acolher os pacientes e os familiares, oferecendo por meio do SUS, um serviço de qualidade e ajuda no desenvolvimento”, destacou a fisioterapeuta do CER Palmas, Raidênia Oliveira.
Para a superintendente da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência, Rosa Helena Ambrósio, “é essencial que bebês e crianças com Síndrome de Down sejam acompanhados desde cedo com exames diversos para diagnosticar o quanto antes quaisquer anormalidades cardiovasculares, gastrointestinais, endócrinas, auditivas e visuais, pois muitas vezes o tratamento precoce pode até impedir que esses problemas cheguem a afetar a saúde do indivíduo”.
“Essa data de conscientização global celebra a vida das pessoas com Síndrome de Down e vem para garantir que elas tenham as mesmas oportunidades e liberdades das outras pessoas. A Superintendência vem trabalhando através dos Centros e Serviços de reabilitação, e também buscando através do diálogo com familiares e associações melhorias no serviço para melhor atender essa parcela importante na sociedade, buscando trabalhar eixos também da assistência social e educação em conjunto para que assim a assistência à saúde se dê de forma integral”, acrescentou Rosa Helena Ambrósio.
E quem recebe o atendimento reconhece a importância do acompanhamento no desenvolvimento da filha. Esse é o caso da família da pequena Pérola Sofia, de um ano e onze meses. Na unidade do CER Palmas, a pequena tem recebido o suporte e a mamãe Poliana Rodrigues de Carvalho conta que “o atendimento da Pérola só tem trazido benefícios para ela, ajudando muito no desenvolvimento dela, muito mesmo. São profissionais que atendem com muito amor e dedicação. Sou muito grata”.
A mãe ainda reforçou que o preconceito precisa ser trabalhado na sociedade. “Desejo que ela tenha oportunidade de receber tudo que precisar para ajudar em seu desenvolvimento, para que ela possa crescer linda e saudável com uma boa desenvoltura. Que ela seja aceita por todos sem preconceito ou taxada de incapaz. Desejo que ela seja independente, proativa e tenha oportunidade de mostrar quem ela é. Que ela continue sempre com a energia dela que por onde passar, conseguindo arrancar suspiros e sorrisos de todos, transmitindo só amor e felicidade”.
Acesso ao atendimento no SUS
Como qualquer cidadão, as pessoas com deficiência têm o direito à atenção integral à saúde e podem procurar os serviços por meio do SUS, quando necessitarem de orientações ou cuidados em saúde, incluindo serviços básicos de saúde como imunização, assistência médica ou odontológica, ou ainda serviços de atenção especializada, como reabilitação e atenção hospitalar.
Centro Especializado em Reabilitação
No Tocantins, há uma rede de cuidado da pessoa com deficiência presente em todas as regiões de saúde e se localizam nas seguintes cidades:
Centro Especializado de Reabilitação de Palmas – Situado na Quadra 203 Sul, Av LO-05, APM-02, ao lado da Casa de Apoio Vera Lúcia / Fone: (63) 3218-1750. Após encaminhamento do médico, o usuário irá procurar a Secretaria Municipal de Saúde. Este CER atende a região de saúde do Capim Dourado, Ilha do Bananal e Cantão.
Serviço Especializado de Reabilitação de Araguaína – Situado na Rua Professora Maria Lina – Quadra 13, s/nº, Setor Anhanguera / Telefone: (63) 3411-2938. Atende as regiões de saúde Médias e Norte Araguaia, Bico do Papagaio, Cerrado do Tocantins Araguaia.
Serviço Especializado de Reabilitação de Porto Nacional – Situado na Avenida Murilo Braga, nº 1592, Centro / Telefone: (63) 3363-8449. Atende a região de saúde Amor Perfeito e sudeste.
Centro Especializado em Reabilitação – CER II – Colinas – Situado na Rua 14, Quadra 03, s/ nº, Setor Oeste / Telefone: (63) 3476-1471. Atende as regiões de saúde do Cerrado Tocantins e Médio Norte Araguaia de Bico do Papagaio.
Edição: Thâmara Cruvinel
Revisão Textual: Marynne Juliate
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