Por causa dos confrontos entre forças de segurança e criminosos durante a Operação Canguçu, a Prefeitura de Pium, no oeste do estado, declarou situação de emergência na região. O conflito já dura 12 dias e está afeta a população, principalmente na zona rural. O decreto tem validade por 30 dias.
Desde o dia 10 de abril, o bando está escondido na região oeste e sudeste do estado. A Polícia Militar (PM) acredita que pelo menos 20 homens deixaram o Mato Grosso com direção ao município. Várias trocas de tiros foram registradas e até este sábado (21), seis criminosos foram mortos e um acabou preso e levado para a Unidade Penal de Palmas.
Como eles estão fortemente armados e dispõem de equipamentos de proteção, as polícias Civil e Militar de cinco estados, que fazem parte da Operação Canguçu, orientaram que a população evite andar pelas estradas vicinais e em um perímetro de 50 km da TO-080.
Para declarar a emergência, o prefeito Valdemir Oliveira Barros considerou a houve a paralisação dos trabalhos na zona rural para ajudar a polícia e para que a população não se coloque em situação de perigo. O documento foi publicado na quarta-feira (19).
Se for necessário, o decreto especifica que sejam feitos os ajustes necessários para o cumprimento do calendário escolar.
O atendimento médico e dos agentes de saúde na zona rural segue suspenso, permanecendo apenas os trabalhos de emergência. Na cidade os atendimentos de urgência e emergência e da Unidade Básica de Saúde não terão alteração.
Durante a situação de emergência, também estão dispensados de licitação os contratos de aquisição de bens necessários às atividades de atendimento a população do município.
Cerco fechado
A Operação Canguçu está há 12 dias em busca de uma quadrilha que está se escondendo nas proximidades dos municípios de Pium, Marianópolis e na Ilha do Bananal.
Uma força-tarefa composta por 350 policias civis e militares do Tocantins, Pará, Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais estão fechando o cerco para localizar o grupo. Até o momento, seis homens foram mortos em confrontos com as equipes e um está preso na Unidade Penal de Palmas.
Durante a operação foi apreendido um verdadeiro arsenal com capacetes e coletes, armamento pesado e munições de uso restrito das Forças Armadas, por serem utilizados em guerra. Todo o material deverá ser entregue às polícias de Mato Grosso, onde o grupo começou a ação criminosa.
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