Uma das mais antigas profissões da história tem sua data celebrada em 28 de julho desde 1966. Em Goiás, onde o agronegócio se destaca com grande força, o dia merece comemoração.

O Dia do Agricultor é celebrado em 28 de julho, data criada em 1966, em razão do centenário da fundação do Ministério da Agricultura, pelo então presidente da República, Juscelino Kubitschek.

A profissão de agricultor é uma das mais antigas da história da humanidade, pois a agricultura surgiu no período neolítico, há cerca de 10 mil anos. Foi a partir desse período que o homem deu fim à prática nômade e se fixou. E, como consequência, surgiram as primeiras bases para a formação das civilizações e sociedades.

Os agricultores são os trabalhadores que, junto aos produtores rurais, têm sido atores fundamentais para transformar e ampliar o agronegócio nas últimas décadas. É graças à atividade diária do agricultor que é produzida a maior parte dos alimentos, sobretudo aqueles que estão na mesa de todos os trabalhadores, tais como arroz e feijão.

Além disso, a agricultura, enquanto atividade do setor primário da economia, é responsável por produzir as matérias-primas empregadas na fabricação de mercadorias. A atividade também tem se destacado na produção de energia devido ao cultivo de vegetais aplicados na biomassa, com destaque para os biocombustíveis.

Levantamentos realizados em 2020 pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA) apontam o agronegócio como um vetor crucial do crescimento econômico nacional. Bens e serviços gerados no agronegócio contabilizaram R$ 1,98 trilhão, ou 27% do PIB brasileiro.

Dentre os segmentos, a maior parcela é do ramo agrícola, que corresponde a 70% desse valor (R$ 1,38 trilhão), a pecuária corresponde a 30%, ou R$ 602,3 bilhões. Conforme considera o presidente do Parlamento de Goiás, deputado Lissauer Vieira (PSD), “todos nós sabemos que o agronegócio é a mola propulsora do País, é quem o mantém de pé”, afirma.

O presidente Lissauer reafirma, ainda, a importância do setor para o estado, quando frisa que “Goiás tem um peso ainda maior. Afinal, somos o estado do agro, que é o pilar da nossa economia e, tudo isso, graças a esses trabalhadores e trabalhadoras que não medem esforços para produzir, levar o alimento à mesa”, assinala.

Por fim, o presidente da Alego reforça a homenagem merecida a esses profissionais. “Tenho orgulho de representar a categoria e estar sempre atuando para fortalecer esse setor, que tanto nos orgulha e não para de crescer”, conclui.

Papel social

O agricultor trabalha no campo, diariamente, no preparo do solo, manejo das pragas e doenças nas lavouras, a fim de elevar a produtividade. É um trabalho árduo que esses cidadãos exercem para alimentar a sociedade brasileira.

Segundo o Estatuto do Produtor Rural – PLS 325/06: Produtor rural é toda pessoa física ou jurídica que explora a terra, com fins econômicos ou de subsistência, por meio da agricultura, da pecuária, da silvicultura, do extrativismo sustentável, da aquicultura, além de atividades não-agrícolas, respeitada a função social da terra, e ainda define o agronegócio como um conjunto global das operações de produção e distribuição de suprimentos agrícolas, das operações de produção nas unidades agrícolas, do armazenamento, processamento e distribuição dos produtos agrícolas e itens produzidos a partir deles, incluindo os serviços de apoio. Com essa definição é possível assinalar quem é o produtor rural, e em quê se caracteriza a atividade desenvolvida por esses profissionais no agronegócio no Brasil.

Agricultura de precisão

O setor tem merecido atenção especial com a sanção pelo Executivo da Lei Estadual nº 21.486, de julho de 2022 – originalmente projeto de lei nº 5707/19 –, de autoria do deputado Bruno Peixoto (UB). O texto estabelece a Política de Incentivo à Agricultura de Precisão, a fim de aumentar a produtividade, a lucratividade e garantir a sustentabilidade ambiental em Goiás.

Conforme ressalta o parlamentar, essa política possibilitará a adaptação da agricultura às novas realidades da mudança climática e das limitações ambientais, com soluções técnicas de baixo custo, colheitas programáveis, variedades de plantas resistentes à seca, índices de produtividade previsíveis e estoques administráveis e seguros.

“É mais do que necessário tomarmos medidas de incentivos às novas tecnologias, para que possam estar à disposição dos agricultores. Assim, a agricultura de precisão é uma plataforma tecnológica fundamental para garantir a produtividade da agricultura de Goiás, dando maior eficiência ao processo produtivo, viabilizando a permanência do agricultor no meio rural”, afirma Peixoto.

História

A data comemorativa, criada por Kubitschek ao sancionar o Decreto de Lei nº 48.630, de 27 de julho de 1960, homenageou Dom Pedro II, responsável pela criação da Secretaria de Estado dos Negócios da Agricultura, Comércio e Obras Públicas, em 28 de julho de 1860. Já em 1930, após várias alterações na nomenclatura, a pasta passou a se chamar Ministério da Agricultura.

Fonte: Agência Assembleia de Notícias