As técnicas de combate aos incêndios urbanos, em veículos, residências ou prédios residenciais e comerciais, ganharam uma atualização importante nas últimas três semanas. No período, 12 bombeiros militares tocantinenses participaram do Curso de Especialização Instrutor Flashover, realizado no 3º Batalhão de Bombeiros, em Gurupi.
A iniciativa do Comando-Geral do CBMTO, por meio da Academia de Formação de Bombeiros, colocou a corporação em novo patamar, empregando métodos inovadores trazidos por equipe de instrutores do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Goiás.
O curso contou com a participação de dois majores, um capitão, três tenentes, dois subtenentes, três primeiros sargentos e um segundo sargento.
Para o subcomandante e chefe do Estado-Maior do CBMTO, coronel Peterson Queiroz de Ornelas, “esse trabalho realizado aqui no 3º Batalhão tem uma importância muito grande, pois cada militar que participou passa a ser um multiplicador”. “Como instrutores que são agora, em momento oportuno, numa nova etapa que já estamos preparando, eles vão repassar tudo que aprenderam aqui. Pra gente é gratificante, pois vão melhorar ainda mais um trabalho já realizado no combate a incêndio urbano”, ressaltou o coronel.
A cerimônia de formatura da turma ocorreu na manhã desta sexta-feira, 21, onde os bombeiros militares puderam demonstrar, por meio de simulação, algumas de combate. O evento também serviu para entrega de certificados de conclusão e apresentar os destaques do curso.
O primeiro colocado foi o major Benvindo Pinto de Queiroz, que atua no Comando de Atividades Técnicas, em Palmas. “É sim uma conquista pessoal ter ficado bem colocado no curso, mas o grande ganho que temos é institucional, com a formação de 12 instrutores com o propósito de difundir novas técnicas com a tropa, aperfeiçoando as respostas no combate a incêndios urbanos”, frisou o major.
Boa parte das técnicas empregadas nas instruções ocorreram dentro de um contêiner. O método é inovador, por simular de forma real o ambiente fechado, confinado, onde a temperatura pode variar de oitocentos a mil graus celsius.
Para o tenente Claudinei Soares, coordenador do curso, “o resultado foi acima do esperado, fantástico”. “Em três semanas, nós trabalhamos com metodologia pedagógica, científica e instruções em diversas áreas operacionais, desde combate a incêndios em veículos, combate a incêndio no plano vertical em prédios altos e, principalmente utilizando o simulador em tempo real do tipo contêiner”
“É um ambiente fechado, confinado, podendo chegar a mil graus celsius, onde inserimos o militar no ambiente para mostrar que o equipamento de proteção individual é resistente, efetivo e os jatos que utilizamos atualmente é eficaz. Tenho certeza que esses doze multiplicadores que estamos deixando para o Tocantins vão mudar toda a metodologia de combate a incêndio aqui no estado. Nesta área, o Corpo de Bombeiros Militar do Tocantins está dando um passo largo à frente, tomando a dianteira no cenário nacional”, afirmou o tenente Soares.
Com o fenômeno flashover, os gases combustíveis e a fumaça que estão no teto causam grande pressão de cima para baixo e irradiam calor por todos os materiais e no ambiente que estão longe do incêndio. Sem as técnicas adequadas e sem Equipamento de Proteção Individual (EPI) apropriado, os combatentes podem sofrer sérios danos, além de colocar as próprias vidas em risco.
Crédito: Luiz Henrique Machado/Governo do Tocantins