Entre os servidores que participaram está Yette Santos Soares Nogueira, ex-candidata a deputada federal. Ela postou fotos e vídeos na Praça dos Três Poderes e na Esplanada, inclusive usando uma máscara de gás. Não há imagens dela danificando o patrimônio público.
O g1 pediu um posicionamento da servidora e aguarda uma resposta. Em um relato nas redes sociais ela disse que agiu de acordo com sua liberdade de expressão e tem participado dos atos de forma “patriótica” durante os finais de semana e férias.
“O que eu faço com meus finais de semana, as minhas manifestações, meus pensamentos: liberdade de expressão. Se você deixa o ‘Xandão’ te bloquear e encher a paciência eu não deixo. Meu compromisso com a secretaria que eu trabalho tenho feito a minha parte com excelência e dedicação. O manifesto que eu tenho feito e vivido durante 66 dias é como patriota, como cidadã. Eu tenho me envolvido nesse manifesto nos dias que tenho folga e férias”, afirmou.
Yette Santos é servidora efetiva do município, ocupando o cargo de odontóloga. A última folha de pagamento traz um salário de mais de R$ 9,6 mil.
“Já determinei a SEMUS e a SEPLAD que levantem todas as informações necessárias, incluindo folha de ponto/frequência da servidora. Consultei a PGM sobre o caso em questão e imediata abertura de PAD. Espero que a servidora já tenha sido presa em flagrante. Uma vergonha p/ Palmas“, publicou a prefeita no Twitter.
Imagens publicadas na rede social também mostram a participação de outra servidora pública nos atos: Janne Mota Magualhães. Ela é professora efetiva da Secretaria Municipal de Educação, com salário de R$ 3,2 mil por mês. O g1 ainda não conseguiu contato com ela.
“Vamos passar um pente fino. Onde houver golpistas, criminosos, vândalos e terroristas, o peso e a medida será a mesma. Em nossa gestão não há espaço p/ ninguém que coaduna com o crime”, afirmou a prefeita.
Cinthia Ribeiro (PSDB) descreveu o ataque aos três poderes da República como uma barbárie. O governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) também se manifestou sobre o ataque a Brasília e disse que o Tocantins vai se juntar aos demais estados do país na luta pela democracia.
O g1 e a TV Anhanguera apuraram que a Polícia Civil só deve investigar os tocantinenses que tenham participado dos atos de vandalismo se haver solicitação do governo de Brasília.
Entenda
Bolsonaristas radicais invadiram o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto, neste domingo (8), após entrar em confronto com a Polícia Militar na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.
Os participantes de atos antidemocráticos estavam com pedaços de paus e pedras e depredaram os prédios dos três poderes da República até batalhões da polícia retomarem a Esplanada e a Praça dos Três Poderes em Brasília.
Durante a tarde o presidente Lula (PT) decretou intervenção federal na segurança do Distrito Federal. A intervenção está prevista para durar até o dia 31 de janeiro.
Lula deu uma coletiva para falar do decreto em Araraquara, no interior de São Paulo, para onde viajou no início da manhã para ver efeitos das intensas chuvas na cidade. O presidente determinou que o ataque terrorista seja apurado para que se chegue a quem financiou e coordenou os taques.
Fonte: G1 Tocantins