A Agência de Defesa Agropecuária (ADAPEC) recebeu nesta quinta-feira, 10, do Laboratório Federal de Defesa Agropecuária, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), um resultado de exame confirmatório por meio do método Western Blotting de um novo caso positivo de mormo, em uma mula, numa propriedade rural, no município de Araguaína, na região norte do Estado.

Segundo a responsável técnica pelo Programa Estadual de Sanidade dos Equídeos da ADAPEC, Isadora Mello Cardoso, a agência já tomou as providências conforme estabelece a legislação, com o isolamento do animal e a interdição da propriedade. Já a eliminação do foco ocorrerá nos próximos dias e será feita por meio de eutanásia, com posterior destruição da carcaça. O órgão de defesa realizará investigações epidemiológicas nas propriedades circunvizinhas e nos vínculos que tiveram contato com este animal infectado.

Por se tratar de uma zoonose, ou seja, poder ser transmitida ao ser humano, o proprietário do animal recebeu orientações sobre as medidas que serão adotadas para descontaminação do ambiente, bem como a respeito da necessidade de notificar a ocorrência do novo caso de mormo às autoridades locais de saúde pública.

Mormo

Mormo é uma doença infectocontagiosa causada por bactéria. Não existe vacina nem tratamento. É uma zoonose, portanto pode ser transmitida ao homem. Nos equídeos, os principais sintomas são nódulos nas narinas, corrimento purulento, pneumonia, febre e emagrecimento. Existe ainda a forma latente (assintomática), em que os animais não apresentam sintomas, mas possuem a enfermidade.

Prevenção

A principal forma de prevenção é a realização de exames regularmente, já que a validade é de 60 dias, exigi-los ao comprar um animal e evitar que o equídeo tenha contato com outros sem comprovação negativa de mormo.

No caso de suspeita da enfermidade, o produtor rural deve isolar o animal e comunicar imediatamente às unidades da ADAPEC presentes em todo o Estado ou ligar gratuitamente no 0800 063 11 22, de segunda-feira a sexta-feira, das 8 às 14 horas. Vale ressaltar que o produtor é obrigado a notificar casos de doenças em animais à ADAPEC.