Alexandre Pires está sendo suspeito de receber R$ 1 milhão de uma mineradora investigada em ação da Polícia Federal. Um mandado de busca e apreensão contra o cantor, ex-líder do Só Pra Contrariar, foi emitido nesta segunda-feira (4). Até o começo da manhã desta terça-feira, Alexandre Pires seguia sem se pronunciar.
Segundo o jornal “O Globo”, a PF montou uma ação para desarticular um esquema de garimpo ilegal na Terra Indígena Ianomâmi, que envolvia financiamento e logística. Irmão de Fernando Pires, vítima de um acidente doméstico em 2020, Alexandre foi alvo da operação enquanto se apresentava em um cruzeiro no litoral de Santos, São Paulo.
De acordo com a PF, um esquema visava “lavar” a cassiterita (um dióxido natural e principal minério de estanho) que por sua vez era retirada de forma ilegal das terras indígenas. Para burlar a fiscalização, essa cassiterita era declarada como oriunda de um garimpo legal na cidade de Itaituba, no Pará, na altura do Rio Tapajós.
Os criminosos ainda atestavam que o minério era tratado em Roraima. Com a investigação na operação batizada de Disco de Ouro veio a denúncia de que a cassiterita era extraída daquele mesmo estado. Em nota oficial, a PF apontou para um grande esquema ilegal.