Dois homens investigados pelo crime de homicídio que vitimou Dyemerson Basílio Alves da Costa, 26 anos, foram presos na madrugada desta sexta-feira, 27, na região sul da Capital, por policiais civis da 1ª Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP – Palmas), em cumprimento a mandado de prisão preventiva. Os investigados de iniciais W.F.B, 37 anos, vulgo Babaçu, e E.T.A, de 20 anos, vulgo Betim, são membros de uma facção rival à da vítima que, igualmente aos autores, possuía ficha criminal.
A ação policial seria deflagrada às 5 horas da madrugada, entretanto, o monitoramento prévio dos alvos, indicou que Betim planejava se evadir da cidade, fazendo com que a equipe da 1ª DHPP, antecipasse a operação ainda no final da noite de quinta-feira. “Por volta das 23 horas, recebemos essa informação e fomos para o Jardim Aureny IV para tentar monitorar a saída dele e capturar. Quando nós chegamos, ele avistou a viatura, entrou para sua residência, pulou o muro e fugiu”, destaca o delegado Eduardo Menezes.
“No monitoramento, percebemos o momento em que ele realizava uma venda de droga e como estava em situação de flagrante, tentamos fazer a abordagem, só que ele conseguiu fugir e nós efetuamos a perseguição”, explica o delegado titular da DHPP – Palmas, Guilherme Torres, responsável pela investigação.
Perseguição
Na fuga, Betim pediu apoio a pessoas na rua e se embrenhou numa área de mata. A equipe conseguiu informações acerca dos locais onde ele havia passado, inclusive de que ele iria se encontrar com Babaçu, outro alvo da operação. Com isso, as equipes saíram em busca de Babaçu, que foi capturado e, a partir daí, os policiais obtiveram informações do local para onde Betim estaria fugindo.
Ocorre que ao chegar ao local indicado por Betim, o mesmo acabou entrando em outro veículo. Foi dada a ordem de parada que não foi cumprida, o que resultou em perseguição pela região dos Aurenys. “Ele só parou quando efetuamos um disparo no pneu do carro. Eles pararam e aí efetuamos a prisão”, destaca.
Os dois homens presos foram conduzidos à sede da DHPP – Palmas onde serão interrogados, e após os procedimentos legais cabíveis, encaminhados para unidade prisional de Palmas. As investigações continuam até a completa elucidação dos fatos, comprovação da participação de ambos os presos e possível envolvimento de outros criminosos.
Com o apoio do Grupo de Operações Táticas Especiais (GOTE) e do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), as equipes ainda cumpriram mandados de busca e apreensão nas residências dos presos. Em uma delas foi encontrada uma grande porção de cocaína que foi apreendida.
Com mais essas duas prisões por homicídio e mais uma em flagrante por tráfico, a 1ª DHPP chega ao número de 66 prisões somente neste ano de 2023.
Investigação
Responsável pelo caso, o delegado titular da DHPP – Palmas, Guilherme Torres destaca que as investigações começaram logo após o crime, ocorrido há pouco mais de um mês, no dia 26 de setembro, na quadra Arno 71, onde Dyemerson morava. Testemunhas disseram que dois homens chegaram à residência, a bordo de um veículo preto da marca Chevrolet, sendo que um deles saltou do carro e efetuou ao menos nove disparos com um pistola 380 contra a vítima que foi a óbito no local.
“As investigações apontaram que um dos autores marcou um encontro com a vítima se passando por cliente interessado em comprar drogas. Ao chegarem no local, um deles desceu do veículo, enquanto o outro teria permanecido como motorista, estacionado próximo à esquina. Quando se aproximou da vítima, ordenou que Dyermerson e sua esposa entrassem em casa e deitassem no chão, alegando ser policial. Em seguida, o agressor disparou ao menos nove vezes contra a vítima e, após o ataque, fugiram no mesmo veículo, em rumo ignorado”, destaca.
Na residência da vítima foram encontradas 158 gramas de substância análoga a maconha. Na ocasião, a esposa contou aos policiais que a droga pertencia à vítima que era membro de uma organização criminosa.
Ficha Criminal
Betim, autor dos disparos contra a vítima, possui grande número de processos e procedimentos infracionais, tendo sido apreendido quando menor por roubo e após completar 18 anos por posse de arma de fogo de uso permitido, novamente por roubo e tráfico de drogas. Ele ainda é investigado por envolvimento em outros homicídios ocorridos recentemente na Capital.
Babaçu, dono do veículo utilizado no crime e possível mentor, embora não tenha sido preso, recentemente tem sido objeto de Boletins de Ocorrência por violência doméstica e tráfico de drogas.
Contra a vítima havia um mandado de prisão por tráfico de drogas e assalto a mão armada.