O assassinato da atriz Daniella Perez, morta há quase 30 anos no Rio de Janeiro, voltou a ganhar repercussão depois do lançamento da série documental “Pacto brutal: o assassinato de Daniella Perez”.
As investigações apontaram que a jovem atriz foi morta com 18 punhaladas e sem direito e tempo para se defender. O g1 preparou uma reportagem que mostra ponto a ponto o que aconteceu no caso.
A mãe da vítima, a escritora Glória Perez, afirmou que no Brasil “quanto mais violentos são os crimes, mais benevolentes são as nossas leis penais”. Glória é uma das participantes do documentário lançado pela HBO Max.
Relembre o caso
Daniella Perez tinha 22 anos quando foi morta, em 1992. Na época, ela interpretava a personagem Yasmin na novela “De corpo e alma” e era casada com o ator Raul Gazolla.
Guilherme de Pádua interpretava o par romântico de Daniella na novela. Ele a mulher, Paula Thomaz, foram condenados pelo assassinato.
O corpo da atriz foi encontrado em um matagal na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, com golpes de tesoura. A perícia comprovou que Daniela morreu com 18 perfurações, oito delas atingiram o coração.
Daniella, que também era bailarina, foi executada a golpes de tesoura. Ela havia acabado de sair dos estúdios, onde gravou cenas para a novela “De Corpo e Alma”, que foi exibida entre agosto de 1992 e março do ano seguinte.
Guilherme de Pádua chegou a consolar a mãe e o marido de Daniella, horas depois do assassinato. Em seguida, ele foi preso e confessou o crime.
“Eu assumi esse crime sozinho. Eu nunca tive medo de assumir isso, nunca tive de arcar com as consequências, nunca tive medo nem de morrer”, afirmou o ator na época do crime.
Paula Thomaz e Guilherme de Pádua foram presos e julgados por homicídio duplamente qualificado, ou seja, por motivo torpe e sem reação da vítima. Paula foi condenada a 18 anos e meio de prisão, e Guilherme, a 19 anos.
Na sentença, o juiz descreve o ex-ator como uma pessoa de “personalidade violenta, perversa e covarde” que colocou “acima de qualquer valor, a sua ambição pessoal”.
Logo depois da prisão, o casal se separou. Ambos saíram da prisão antes de cumprirem 7 anos de pena, em 1999.
Guilherme de Pádua, atualmente, é pastor de uma igreja evangélica em Minas Gerais. Já Paula Thomaz, que era esposa dele na época, mudou o sobrenome.
Fonte: G1 Globo