Com a dminuição do fogo que antes se alastrava sem controle pelas zonas rurais da região de Maule, no sul do Chile, graças à vegetação lenhosa e arbustiva, agora na fase de rescaldo (busca por focos que ainda insistem em queimar) a equipe de brasileiros, que inclui dois bombeiros tocantinenses, enviada para combater os incêndios florestais chilenos começa a fazer o caminho de volta para o Brasil. A previsão é de deixarem a região a caminho de Santiago até o dia 2 e até o dia 7 de março, a chegada em Brasília. O subtenente Vander Praxedes e capitão Rocha devem regrassar ao Tocantins em seguida.
Na atual fase de combate, os brigadistas percorrem o terreno na serra na região de Maule, no sul do Chile, em busca dos focos de calor que o satélite aponta para indicar as coordenadas para as aeronaves. “Já não há fumaça como antes e os helicópteros podem chegar mais perto, por conta da visibilidade. Ficamos no terreno procurando os focos de calor que o satélite aponta e passamos para o piloto do helicóptero lançar a água”, detalha o subtenente Vander Praxedes.
Neste sábado, um dos dias mais tranquilos para a equipe de campo dos tocantinenses, o JTo consegui contato com o subtenente Vander Praxedes, enquanto desmontavam o acampamento de barracas individuais onde se abrigaram desde a primeira quinzena do mês, próximo às cordilheiras próxima à comuna de Longaví, na província de Linares, na região de Maule, no sul do Chile. Além de Maule, os incêndios florestais têm castigado fortemente os habitantes de mais três regiões, Araucanía, Biobío e Ñuble.
Além de Praxedes, o outro bombeiro tocantinense na Força Nacional de Segurança Pública brasileira presente no chile é o capitão Rocha, que já serviu na região de Colinas do Tocantins. Os dois integram a Força Nacional de Segurança Pública brasileira, que se juntou a brigadistas de outros países na ajuda humanitária ao país andino.
“Desde que a gente chegou aqui, a gente já foi empregado, a equipe com mais uns cinco, brasileiros, a gente já acampou bem próximo ao fogo, com aquela barraca de uma pessoa só. E a gente já começou encheu o combate direto até tarde da noite, dormimos no combate de novo e foi assim até hoje”, conta Praxedes.
O fogo atingiu uma área muito grande na região o que exigiu uma estrutura de combate bem robusta, com profissionais chinelos, espanhóis, portugueses e colombianos e veículos e aeronaves especializados.
Por dia, eram em média quatro equipes chilenas, agora reduzidas, e as equipes europeias já retornaram aos países de origem. A brasileira permanece inteira. “A única equipe estrangeira que foi solicitada para a renovação do período, pelo governo Chileno, foi a brasileira”, ressalta o bombeiro.
No dia a dia de operação, a equipe revezava no ataque direto às chamas, ora fazia aceiro para proteger alguma área e os helicópteros usavam helibalde, conta.
“É uma serra bem, bem, bem maior do que a de Aparecida (nas proximidades de Palmas, Lajeado). E a gente sobe a pé e desce todo dia 1.300. De zero a 1.300 metros de subida e descida todos os dias”, completa.
“Está sendo bem cansativo, mas está sendo um aprendizado muito legal porque é muita coisa que dá pra aplicar aí no Tocantins”, avalia o bombeiro que acumula outras experiências em combate a fogo, como a Operação Guardiões do Bioma, em incêndios florestais em Itaituba (PA) e Teresina (PI).
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