Valdir da Silva Santos foi condenado pela morte da esposa Marilene Rodrigues dos Santos. O júri popular foi realizado nesta segunda-feira (31) em Gurupi, no sul do estado. O réu também foi condenado por porte ilegal de arma de fogo e a pena total ficou em 14 anos de prisão.
Marilene foi morta com quatro tiros em 2021, durante uma briga com o marido, na frente do filho de 11 anos. O advogado Jorge Barros, que defende Valdir, afirmou que vai recorrer da decisão.
“O júri acolheu a tese de acusação e em parte a tese da defesa porque fixou a pena mínima para o crime de feminicídio e dois anos pelo porte ilegal de arma. Era o que esperávamos porque ele é réu confesso. Vamos recorrer porque há uma qualificadora que não concordamos”, disse.
O crime aconteceu porque o homem não aceitava o pedido de separação feito pela vítima, supostamente para não ter que dividir os bens do casal.
O Ministério Público Estadual (MPE) informou que o réu foi condenado por todas as acusações: assassinato qualificado por feminicídio, motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima.
A condenação foi de 12 anos pelo assassinato e mais dois por porte ilegal de arma de fogo. O MPE informou que ainda vai analisar a possibilidade de recurso para tentar aumentar a pena.
O réu respondeu ao processo preso preventivamente e vai continuar na Casa de Prisão Provisória de Gurupi durante o recurso.
O caso
No dia do crime foi o próprio filho do casal que ligou para a polícia após ouvir tiros durante a discussão. A Polícia Militar informou que o menino ficou assustado com o barulho e chegou a pedir que o pai lhe levasse embora, mas acabou sendo deixado em casa.
Acusado de matar a esposa em agosto de 2021, Valdir da Silva Santos vai a júri popular na segunda-feira, 31, em Gurupi. O caso teve grande repercussão na cidade porque o crime foi cometido na frente do filho do casal de 11 anos de idade.
A PM informou que quando os policiais chegaram ao local do crime encontraram a mulher ferida. Ela foi atingida por três tiros na cabeça, nas costas e no tórax. Marilene chegou a ser socorrida com vida e foi levada ao hospital, mas não resistiu aos graves ferimentos.
Na época do crime, a defesa de Valdir da Silva informou que ele confessou o crime aos policiais e que assumia o errou. O homem também tinha alegado que agiu sob forte emoção ao supostamente descobrir uma traição.
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