O presidente Jair Bolsonaro (PL) desembarcou no início da noite desta segunda-feira em Nova York, nos Estados Unidos, para participar da 77ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Neste ano, é esperado que cerca de 130 chefes de Estado e de governo participem do evento, que tem como tema “Um divisor de águas: soluções transformadoras para desafios interconectados”.
Além de Jair Bolsonaro, a comitiva do país conta, entre outras pessoas, com a primeira-dama, Michelle, e com o Ministro de Relações Exteriores, Carlos Alberto Franco França.
Após a chegada no Aeroporto JFK, o presidente seguiu diretamente para o hotel. Por volta de 21h (horário local, 22h do horário de Brasília), o presidente desceu do carro para cumprimentar apoiadores. Bolsonaro entrou sem falar com a imprensa.
O ex-secretário especial de Comunicação Social (Secom) e coordenador da comunicação da campanha de Bolsonaro à reeleição, Fabio Wajngarten, e o ministro das Comunicações, Fábio Faria, recepcionaram o presidente na entrada do hotel. O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) chegou em seguida e tirou foto com bolsonaristas presentes no local.
Antes da chegada de Bolsonaro ao local, um grupo de cerca de 60 apoiadores discutiu com um grupo menor de manifestantes que protestava contra o presidente. A segurança do hotel interveio e pediu que os presentes respeitassem as zonas destinadas à eles. O bate-boca entre os grupos seguiu acalorado durante a espera pelo presidente.
Pela agenda divulgada pela Presidência, o primeiro compromisso oficial do presidente será na manhã desta terça-feira, quando deve encontrar o secretário-geral da ONU, António Guterres, antes da abertura oficial da Assembleia. Bolsonaro será o primeiro chefe de estado a discursar no evento, seguindo tradição iniciada por Oswaldo Aranha, em 1949.
Essa será a quarta vez que Jair Bolsonaro discursa na ONU, sendo o oitavo presidente brasileiro a participar da Assembleia Geral.
Após realizar a abertura do evento, Bolsonaro tem encontros agendados com o presidente da Polônia, Andrzej Duda, e com o presidente do Equador, Guillermo Lasso. Duas outras reuniões bilaterais anteriormente previstas foram canceladas: com os presidentes guatemalteco, Alejando Giammatei, e sérvio, Aleksandar Vucic.
Ainda de acordo com o cronograma divulgado pelo Itamaraty, depois dos compromissos na sede das Nações Unidas pela manhã, Bolsonaro terá um almoço privado em uma churrascaria brasileira antes de seguir para Brasília já na tarde desta terça-feira.
A primeira-dama, Michelle, não irá participar do almoço privado de Bolsonaro na churrascaria. Ela estará presente no almoço da Aliança de Cônjuges de Chefes de Estado e Representantes (ALMA), no Consulado Geral do Brasil em Nova York. Atual coordenadora-geral da ALMA, Michelle fará a prestação de contas de seu mandato e irá passar o bastão para a primeira-dama da Costa Rica, Signe Zeikate. O grupo é formado por primeiras-damas ou representantes de 15 países: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Estados Unidos, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru e República Dominicana.
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Integrante da comitiva brasileira, o ministro Carlos França seguirá em Nova York, onde participará de reuniões bilaterais com outros chanceleres e também de encontros que tratam da agenda global, como o G4 (grupo que reúne Brasil, Alemanha, Japão e Índia – países que pleiteiam assento fixo no Conselho de Segurança da ONU), BRICS (Brasil, Rússia, China e África do Sul), IBAS (Índia, Brasil e África do Sul), Segib (Secretariado Geral Ibero-Americano) e Liga dos Estados Árabes.