Autoridades da ocupação russa na cidade ucraniana de Mariupol desmontaram nesta quarta-feira um monumento às vítimas da fome da década de 1930, provocada pela coletivização forçada da agricultora ordenada pelo então dirigente soviético Josef Stalin. As autoridades separatistas da região de Donetsk, que participaram da devastadora conquista de Mariupol, em maio, informaram que haviam removido o monumento de granito inaugurado em 2004 no centro da cidade portuária às margens do Mar de Azov, adjacente ao Mar Negro.
“O granito será reciclado em material de construção”, disse o relatório publicado no Telegram. O monumento era composto por dois blocos desse material, com uma escultura representando uma espiga de trigo. A escultura era dedicada às vítimas das execuções e deportações da população organizadas pelo Estado soviético, ao qual a Ucrânia pertenceu até sua independência em 1991.
O “Holodomor”, termo ucraniano que designa “o extermínio pela fome”, deixou vários milhões de mortos entre 1932 e 1933, segundo historiadores. Nos círculos nacionalistas da Ucrânia, o termo é sinônimo de um genocídio planejado da população da região. Porém, Moscou e diferentes historiadores listam o evento como parte de um contexto mais amplo de fome que atingiu também a Ásia Central e a própria Rússia.
As forças russas conquistaram em maio o porto estratégico de Mariupol após semanas de ataques que devastaram grande parte da cidade. Prédios residenciais, escolas, comércios e ruas foram destruídos.
Veja outras notícias no tocantinsurgente.com