Moradores do assentamento Barranco do Mundo, zona rural de Pium, receberam doações de cestas básicas nesta sexta-feira (21). Por causa da Operação Canguçu, que busca por grupo criminoso que aterrorizou Confresa (MT), só é permitido transitar pela região com escolta da Polícia, o que impossibilita a saída de casa para fazer compras, entre outras atividades rotineiras.
A doação dos mantimentos foi feita pela Prefeitura, com apoio das polícias que atuam na Operação. O bloqueio do trânsito na região foi orientado pela própria Polícia Militar, a fim de preservar a segurança dos moradores. Os bloqueios policiais nas rodovias estaduais da região começaram logo após o início das buscas. Na TO-080, os motoristas estão sendo parados e os carros e caminhões são vistoriados.
Além da zona rural de Pium, a perseguição também tem impactado outros municípios. As prefeituras de Marianópolis do Tocantins e Araguacema, por exemplo, tiveram que suspender serviços públicos como aulas e atendimento médico na zona rural para evitar risco aos profissionais e à população.
Principais impactos
Nesta quinta-feira (20), uma equipe de saúde de Pium precisou ser escoltada para socorrer um paciente em estado grave por suspeita de chikungunya. Como a passagem nas áreas de conflito está sendo feitas apenas após vistorias e com escolta da polícia, os veículos precisam esperar até que as viaturas consigam acompanha-los ao destino final.
Na segunda-feira (17) os municípios da região começaram a suspender alguns serviços, justamente para evitar a possibilidade de a população correr riscos. O prefeito de Marianópolis, Isaias Piagem (DEM), publicou um decreto suspendendo as aulas, o atendimento médico e o transporte de moradores da zona rural.
Também foi suspenso o transporte dos produtores da quinzena realizada pela Secretaria Municipal de Agricultura e ainda o trânsito de jogadores que participam do Campeonato Municipal de Futebol de Campo. O decreto está valendo enquanto durar a ação das forças de segurança na região.
Em Araguacema, três unidades escolares também tiveram as aulas suspensas até que se estabeleça um ambiente seguro para alunos, profissionais da educação e toda a comunidade.
Buscas continuam
A caçada pelo grupo criminoso está no 12º dia. Os suspeitos estão espalhados em uma grande faixa de zona rural nas regiões oeste e sudoeste do Tocantins. A busca conta com uma força-tarefa de 350 policiais de cinco estados.
Os criminosos foram avistados pela última vez na quarta-feira (19), quando houve um princípio de confronto, e depois entraram em uma área de mata. Desde então, a polícia informou que não houve avanços nas buscas.
O cerco no território do Tocantins começou no dia 10 de abril, quando eles chegaram ao estado por meio de barcos pelos rios Araguaia e Javaé. Nestes 12 dias de operação ocorreram vários confrontos, resultando em seis suspeitos mortos e outro preso.
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