Serena van der Woodsen e Dan Humphrey, os protagonistas da série “Gossip Girl”, tiveram um amor que ultrapassou as telas. Os atores Penn Badgley e Blake Lively namoraram por três anos, de 2007 a 2010, entre idas e vindas.
O seriado continuou até 2012, e os dois tiveram que manter o profissionalismo durante os anos finais do trabalho. O que, segundo o produtor executivo Joshua Safran, não foi um problema, pois eles sempre mantiveram o relacionamento escondido dos olhos do público.
Safran contou à revista norte-americana “Vanity Fair” que descobriu no set do fim da segunda temporada que eles haviam terminado meses antes e esconderam da equipe.
“Eu nem sei como eles fizeram isso. Esconderam de todos, o que é uma prova de quão bons eles são como atores, porque não queriam que seu drama pessoal se relacionasse com o show”, disse.
Hoje Badgley e Lively estão casados com outras pessoas: ele com a cantora e atriz Domino Kirke-Badgley desde 2017, com quem tem um filho; e ela com o ator Ryan Reynolds, desde 2012, com quem tem quatro filhos.
Em entrevista à revista “Variety”, o ator relembrou a época de “Gossip Girl”: de repente se viu famoso aos 20 anos, com vários paparazzi o perseguindo por Nova York querendo saber fofocas de seu relacionamento com a co-estrela da série.
Penn Badgley confessou que, por anos, mesmo enquanto estava na série, não queria estar na TV. “Eu passava muito tempo como Dan, mas não estava dedicado a ele. E não estou dizendo que isso é algo bom! Estou dizendo como era”, contou.
Por um lado, ele descreve a experiência na série como “divertida e acelerada”, mas que, por baixo de tudo, havia uma corrente sombria que o seguiria até o final de seus 20 e poucos anos.
Perguntado se houve abuso de álcool nessa época, ele negou. “Para ser honesto, nunca tive problemas com substâncias”, disse. “Blake não bebia e acho que nosso relacionamento, de certa forma, me salvou de me forçar a seguir esse caminho.”
Para buscar consolo de sua “crise espiritual”, como chamou a fase, Badgley viajou, explorou o budismo e tentou técnicas como meditação, além de se engajar em causa políticas, como a Occupy Wall Street, movimento de protesto contra a desigualdade econômica e social.
O motivo da crise? O ator foi sincero ao responder: “Como qualquer pessoa que experimenta algum grau de fama e riqueza, fui presenteado com a verdade universal de que elas não apenas não tornam sua vida melhor ou mais fácil. Na verdade, podem complicar muito as coisas e deixá-lo bastante infeliz”.
Ele se sentiu isolado e não sabia em quem confiar: “Nunca fui nada que pudesse definir como suicida, mas certamente estava desesperado”.