Com o objetivo de conscientizar as pessoas sobre a importância da prevenção da doença, em 2009, foi instituído o Dia Mundial do Combate à Pneumonia (12 de novembro). A infecção é motivo de preocupação de saúde pública, afetando principalmente idosos e crianças.
Dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) apontam que, de janeiro a setembro de 2022, já foram 3.656 internações para tratamento de pneumonias ou influenza (gripe), sendo que 1.359 são crianças de 0 a 4 anos e 1.130 são idosos acima de 69 anos, ou seja, 68% dos pacientes internados pela doença.
Os números apontam ainda que, neste ano, 338 pessoas tiveram a pneumonia como causa primária de morte. Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde da SES-TO, Perciliana Bezerra, as ocorrências se dão principalmente em razão da demora em procurar atendimento. “Como é uma doença que geralmente inicia com sintomas gripais, a maioria das pessoas não procuram uma unidade de saúde para iniciar o tratamento adequado, o que atrapalha na cura da doença, principalmente entre crianças pequenas e idosas por causa da imunidade deste público que é baixa”, informa.
O pneumologista Jesian Cordeiro de Aguiar explica que, além das crianças e dos idosos, os pacientes com comorbidades também fazem parte deste grupo de risco. “Pacientes que fazem tratamento de câncer, diabéticos ou pacientes que fazem uso de algum medicamento que baixa o seu sistema imunológico, como corticoide ou imunobiológicos, também são pacientes que devemos atentar para pneumonia. Ele pode ser jovem, mas por causa desses fatores de risco que afetam o seu sistema autoimune, o paciente pode desencadear em uma pneumonia grave com alto risco de morte”, afirma.
O médico destaca ainda que a melhor forma de prevenção para a doença está nas vacinas já disponíveis na rede pública de saúde. “As vacinas não evitam que o paciente tenha pneumonia, porém evita formas graves da doença, por isso se você se encontra dentro da faixa etária, ou possui alguma comorbidade deve procurar um posto para se vacinar contra gripe e/ou pneumonia, diminuindo assim os riscos de mortalidade caso contraia a doença”.
Sintomas
As principais manifestações clínicas da pneumonia são tosse com produção de expectoração; dor torácica, que piora com os movimentos respiratórios; mal-estar geral; falta de ar e febre.
Transmissão
A pneumonia pode ser adquirida pelo ar, saliva, secreções, transfusão de sangue ou, na época do inverno, devido às mudanças bruscas de temperatura. Essas mudanças comprometem o funcionamento dos pelos do nariz, responsáveis pela filtragem do ar aspirado, o que acarreta uma maior exposição aos micro-organismos causadores da doença.
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