Por Ricardo Ribeirinha
A matéria do programa Fantástico traz luz sobre um problema importante, frequente e pouco discutido com seriedade no Brasil: atendimento no ambiente escolar de alunos “neurodivergentes”. É necessário compreender que crianças, adolescentes e jovens “neurodivergente se referem a pessoas que têm um desenvolvimento ou funcionamento neurológico diferente do padrão esperado pela sociedade em geral. Já neurotípico trata de um indivíduo que tem um neurodesenvolvimento considerado regular”, (Fonte: Unisinos). Cada um com sua particularidade, necessidade, processo ensino/aprendizagem diferente.
Ao contrário do que mostrou a matéria veiculada pelo programa Fantástico, no último domingo dia 3 de setembro da Rede Globo, estes alunos, por obviedade assim como todos os demais, não podem ser tratados a gritos, com violência, com total ausência de empatia e acolhimento. Isso é triste, doloroso para os pais, e fere diretamente toda comunidade escolar que em sua grande maioria busca, cada um da sua forma, promover uma educação de qualidade, mesmo que não haja um processo sistêmico de formação quanto ao correto atendimento a estes alunos.
Os profissionais que recebem estes alunos, precisam ser capacitados com URGÊNCIA. As crianças, adolescentes e jovens das escolas públicas, precisam receber informações e conteúdos para compreender os problemas que enfrentam seus colegas de aula, bem como a lidar melhor com situações adversas no ambiente escolar que envolvam esses alunos.
Muitos profissionais, efetivos e em especial os contratados, tem que aprender a lidar com situações excepcionais na prática, e para melhor atuação precisam de treinamento, informação, orientação, algo que atualmente não possuem na grande maioria das redes de educação em todo país. Organismos de controle como o Ministério Público e a Defensoria Público do estado do Tocantins, precisam garantir os direitos destas crianças e suas respectivas famílias.