Prints, áudios e vídeos comprovam irregularidades cometidas pelo candidato a prefeito da Coligação ‘Aparecida não pode Parar’, como coações e ameaças a servidores, além de campanha em prédios públicos e benefícios para eleitores.
Da redação
Nesta sexta-feira, 27, a Coligação Desenvolvimento e Liberdade, de Aparecida do Rio Negro, protocolou denúncia apontando várias irregularidades contra a Coligação ‘Aparecida não pode Parar’. O referido grupo político, encabeçado pelo atual prefeito Suzano Marques e o médico Leonardo Machado, realizou diversas irregularidades que são caracterizadas como abuso de poder econômico, abuso de poder político e de autoridade, e captação ilícita de sufrágio, ou seja, compra de votos.
A Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) conta com provas contundentes, inclusive amplamente divulgadas, que reforçam as irregularidades cometidas, que podem ter como consequência a inelegibilidade dos investigados e a cassação do registro de candidatura.
Denúncias
As denúncias apontam que a campanha do atual prefeito tomou como prática corriqueira a utilização de prédios públicos e de servidores municipais, para promoção do candidato. Fotos, inclusive afirmando apoios dos servidores da saúde e da Educação, foram registradas em locais como o Ginásio Isaías Xavier e o Parque Municipal.
Além disso, os investigados usam de maneira irregular os próprios servidores públicos, com “ameaças, coações, terrorismo psicológicos, contratações excessivas e desnecessárias, demissões e rescisões de contrato, dos servidores que se posicionam de forma contrária, como ocorreu com Maísa Silva, Thalyne Silva, Ivanete Sousa, Daiane Rodrigues, Luciana da Silva, dentre outros servidores que passaram a enfrentar dificuldades no exercício de suas funções pelo simples fato de declararem apoio político contrário”, diz a denúncia, que apresenta inclusive prints e áudios dos envolvidos.
Segundo a denúncia, em uma das reuniões realizadas pelo próprio prefeito, Suzano menciona “o elevado valor de R$ 500 mil, sendo R$ 300 mil do seu próprio bolso, e R$ 200 mil gastos por seus parceiros”. No áudio que foi descrito, ele inclusive fala que sabe em quem cada eleitor vai votar.
Houve até mesmo exonerações via whatsapp, pela diretora do Cmei Aquarela, sendo mais um exemplo de coação. Segundo a denúncia, em uma das reuniões realizadas pelo próprio prefeito, Suzano menciona “o elevado valor de R$ 500 mil, sendo R$ 300 mil do seu próprio bolso, e R$ 200 mil gastos por seus parceiros”. No áudio que foi descrito, ele inclusive fala que sabe em quem cada eleitor vai votar.
Outro abuso de poder executado foi o favorecimento por meio da utilização de caminhões e outros veículos da Prefeitura no transporte de material de construção de produtos agrícolas, inclusive aos sábados e domingos, para eleitores específicos e individualizados, fatos comprovados por vídeos e fotos.
A Aije foi protocolada e conta com testemunhas plausíveis dos fatos. Após apreciação, o processo pode resultar em inelegibilidade.