Estreitar os laços com a comunidade acadêmica, aproximar ainda mais a Polícia Civil do cidadão e propiciar um momento de prática real, a dezenas de acadêmicos do curso de Direito da Universidade Estadual do Tocantins (Unitins), campus de Augustinópolis. Essas foram algumas das razões que motivaram a Polícia Civil do Tocantins (PC-TO), por intermédio da 12ª Delegacia de Augustinópolis, a convidar os discentes para participarem da reprodução simulada de um crime de homicídio, ocorrido no último mês de abril, na cidade.
O episódio teve grande repercussão, pois vitimou dois policiais militares do Pará, sendo que um deles veio a óbito, após ser atingido por diversos disparos de arma de fogo, efetuados por um policial penal também do Estado do Pará. Na esteira dos acontecimentos, a Polícia Civil imediatamente instaurou inquérito no sentido de esclarecer toda a dinâmica dos fatos.
As investigações apontaram que o policial penal, preso em flagrante logo após os fatos, foi o autor dos disparos contra os dois policiais após um suposto desentendimento fútil entre um parente do autor e os dois PMs. Além dos policiais, outras três pessoas foram feridas pelos disparos realizados pelo policial penal. “Muito embora os elementos de convicção em relação à autoria e materialidade dos crimes fosse mais que suficientes para formação da culpa, a Polícia Judiciária Civil, a pedido do Ministério Público Estadual, realizou a reprodução simulada, sobretudo para garantir ao Tribunal do Júri, a necessária compreensão da dinâmica dos fatos em toda a sua extensão”, explica o delegado Jacson Wutke, titular da 12ª DP.
Participação dos acadêmicos
Com a definição pela reprodução simulada dos fatos, o delegado Jacson Wutke convidou os acadêmicos do Núcleo de Prática Jurídica da Unitins a participarem do ato de forma a aumentarem os seus conhecimentos sobre o trabalho policial e pericial desenvolvido pela Polícia Civil. Ao todo, entre alunos, professores e demais servidores da Universidade, 32 pessoas participaram da reprodução simulada, que durou quatro horas, e foi encenada no mesmo local onde se deram os fatos.
Ao final do ato, os acadêmicos expressaram muita satisfação e alegria em poder vivenciar na prática um dos trabalhos que a Polícia Civil do Tocantins desenvolve rotineiramente. Para eles, a experiência adquirida durante a participação na reprodução simulada servirá como base em suas futuras carreiras, uma vez que muitos têm por objetivo se tornarem integrantes das carreiras jurídicas.
O delegado Jacson Wutke expressou seu contentamento em poder integrar os futuros bacharéis em Direito à vivência prática da investigação criminal. “A prática penal, ora vivenciada com a reprodução simulada realizada pela Polícia Judiciária Civil, complementa o aprendizado obtido em sala de aula. É assim que garantimos uma formação acadêmica efetiva, plena e completa. Essa participação, viabilizada pelo pronto atendimento do convite feito pela coordenadora do Núcleo de Práticas Jurídicas (NPJ), Dra. Maira Regina de Carvalho Alexandre, só vem a reforçar o comprometimento da instituição de ensino com a formação de operadores do Direito mais preparados, conscientes e corresponsáveis pela distribuição da justiça.”
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