Um esquema de furto e venda de gado que era chefiado por um adolescente de 17 anos foi descoberto pela Polícia Civil em Bernardo Sayão, no norte do estado. Cinco pessoas foram autuadas por participação nos crimes.
A investigação sobre o caso começou em janeiro deste ano, depois que um fazendeiro foi até a delegacia denunciar o sumiço de diversas cabeças de gado de sua fazenda.
Depois disso a polícia descobriu que outras duas propriedades também tinham sido alvo de furto, totalizando 47 animais desaparecidos. “Trata-se de gado das raças nelore, cruzado e também angus aberdeen, que é uma raça com maior valor de mercado em relação às demais”, contou a delegada Lorrany Almeida da Silva.
Com o aprofundamento das investigações a polícia descobriu que o esquema era comandado por um adolescente de 17 anos. Ele seria o responsável por gerenciar uma propriedade rural da região e tinha a ajuda de dois vaqueiros para furtar os animais dos vizinhos e revender a preços bem abaixo do mercado, em Araguaína.
Os crimes aconteceram em dezembro do ano passado em fazendas de Bernardo Sayão e Juarina. Além dos responsáveis pelos furtos, dois outros homens que compraram o gado foram identificados.
Os envolvidos foram indicados, na medida de suas participações, por furto de semovente, organização criminosa, receptação e corrupção de menores. O adolescente responderá por atos infracionais correspondentes aos crimes de organização criminosa e furto de gado.
A Polícia Civil informou que os quatro suspeitos adultos tiveram as prisões decretadas pela Justiça, sendo que um dos vaqueiros e um dos receptadores foram localizados. Os outros dois envolvidos estão foragidos, enquanto o adolescente foi entregue à família para responde em liberdade.
O inquérito sobre o caso foi concluído e entregue ao Ministério Público e à Justiça. A equipe policial ainda conseguiu recuperar 15 animais e devolver aos donos.
Participaram das investigações as equipes do 39ª DP de Bernardo Sayão, 47ª DP Guaraí, 27ª DP de Araguaína e 3ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado de Araguaína (3ª DEIC).