Pedetista revela que vem recebendo ameaças e afirma que prefere Lula a Bolsonaro para ‘tomar uma cerveja’
O candidato à Presidência pelo PDT, Ciro Gomes, deu uma nova versão sobre o que assoprou para o presidente Jair Bolsonaro (PL) durante o debate do último sábado. Em entrevista ao podcast Flow, nesta segunda-feira, o pedetista disse que respondeu ao chefe do Planalto ao ser perguntando por ele qual era o nome do candidato do PTB, Padre Kelmon. A explicação, no entanto, diverge com o que o presidenciável havia dito inicialmente. Ao ser criticado nas redes após o episódio, Ciro tinha afirmado que seu sussuro a Bolsonaro era, na verdade, uma crítica a ele.
— Tu sabe o que foi o cochicho? Tu acha mesmo que eu vou conversar com Bolsonaro na frente das câmeras? Bolsonaro me perguntou qual era o nome do tal padre. E eu coloquei a mão aqui para o padre não ver. Porque estava ele de um lado e Bolsonaro do outro. Eu disse “Padre Pokemon”, não, brincadeira, Padre Kelmon. Foi isso — disse Ciro no Flow.
No domingo, após a repercussão negativa das imagens de Ciro cochichando para Bolsonaro durante o debate, a equipe do pedetista usou as redes do candidato para justificar o ocorrido. A campanha, pelo perfil de Ciro, afirmou que ele havia reprimido o presidente após mais um pedido de direito de resposta feito pelo mandatário.
“Os canalhas da mentira e da manipulação usaram essa imagem para difamar Ciro. Mas a verdade é que Bolsonaro pediu direito de resposta ao ser indiretamente atacado por Soraya. Ciro então reprime o presidente: ‘Ela não falou seu nome!’”, escreveu.
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Os canalhas da mentira e da manipulação usaram essa imagem para difamar Ciro.
Mas a verdade é que Bolsonaro pediu direito de resposta ao ser indiretamente atacado por Soraya.
Ciro então reprime o presidente: “Ela não falou seu nome!”
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— Ciro Gomes (@cirogomes) September 25, 2022
Ameaças
No podcast, Ciro revelou que vem recebendo ameaças para que desista da corrida presidencial. Ao ser questionado sobre o manifesto que fez, nesta manhã, o pedetista afirmou que o “lulopetismo alucionou”, fazendo uma menção às ofensivas do PT para o voto útil, isto é, a migração de eleitores do candidato do PDT ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com o objetivo de que a eleição termine já no primeiro turno. Logo depois, emenda que está recebendo ameaças.
— O problema é que a campanha é um filme. E a pesquisa é retrato. Todo dia tem uma reviravolta. O que aconteceu nos últimos dias? O lulopetismo alucinou, mas alucinou geral e perderam qualquer limite. Eu estou vendo aí, as pessoas mandam para mim [mensagens] dizendo que eu devia morrer, outra pessoa dizendo que eu deveria ter um aneurisma cerebral, outra dizendo que deviam me matar — disse.
Ciro completou ainda reforçando que, assim como afirmou no manifesto, não vai desistir da corrida:
— O manifesto é para dar uma arrumada na carga e acabar com a fofoca. Não tem conversa, eu sou brasileiro e não desisto nunca. E eu nunca fui candidato porque ia ser fácil.
Violência política
Apesar das duras críticas que faz com frequência a Lula, Ciro afirmou que, entre ele e Bolsonaro, é com o petista que preferiria “tomar uma cerveja”. O pedetista, porém, logo emendou uma nova crítica aos assédios do PT pelo voto útil.
— Eu sei muito bem a diferença de Lula para o Bolsonaro. E se for para tomar uma cerveja, eu prefiro tomar com o Lula. Ok, mas eu estou falando de problemas reais que estamos discutindo para resolver o problema. É para isso que serve uma campanha política, a gente diz porque é diferente do outro e pede a preferência do eleitor — disse Ciro.
O pedetista também voltou a falar sobre o “fascismo de esquerda”, cuja responsabilidade atribui a Lula e ao PT. Ciro comentou sobre os recentes casos de violência política, em que um apoiador de Bolsonaro foi assassinado em Santa Catarina e um eleitor de Lula foi morto no Ceará.
— Mataram um bolsonarista anteontem em Santa Catarina e mataram um lulista no Ceará agora. E aí só vai para manchete o lulista que mataram, porque, de novo, nós temos o assassino do bem e o assassino do mal. Esse fascismo está ganhando a eleição no Brasil — disse Ciro.
Ambos os casos foram noticiados pela imprensa nesta segunda-feira
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