Dois dos adversários do governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) reagiram à declaração dele de que o objetivo da Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) do candidato Irajá (PSD) seria fazer com que ele demitisse “16 mil pais de família”. A declaração foi feita durante comício na noite dessa sexta-feira em Formoso do Araguaia. Wanderlei não citou diretamente a ação, mas o número é o que está sendo citado nela.
NÃO JUSTIFICA
Um dos que se manifestaram foi o jurídico do autor da Aije, Irajá. Em nota, o advogado da coligação, Sérgio do Vale, avaliou que Wanderlei, com sua declaração, “confessa que realmente contratou 16 mil pessoas, sem, contudo, justificar a urgência e o interesse público”.
ESTRATÉGIA DO RÉU CONFESSO
Para o advogado, o governador “utiliza da estratégia do réu confesso, que, ao ser questionado sobre a legalidade de seu ato, enquanto gestor público, defende-se argumentando que mesmo sendo ilegal gera um benefício, e que o retorno ao cumprimento das normas causará um mal àqueles que dele se beneficiam, afirmando textualmente que essas pessoas ‘precisam desse emprego, dessa oportunidade’”.
CONCURSO PARA MAIS DE 30 MIL
Outro que se manifestou sobre a declaração de Wanderlei foi o candidato a senador do PSB, Carlos Amastha. “Não, governador, ninguém quer que você demita as 16.172 pessoas que contratou no período eleitoral. O povo quer que você faça concurso para mais de 30 mil para aumentar os efetivos da Polícia Militar, para melhorar os hospitais, melhorar as escolas, contratar mais médicos enfermeiros. O Tocantins ainda precisa de muitos serviços e os pais de família precisam de empregos com estabilidade para não depender dos maus políticos que contratam servidores em época de eleição para demitir no ano seguinte e congelar os salários”, afirmou o candidato a senador.
NO COMÍCIO
No comício de Formoso na noite dessa sexta, Wanderlei, sem citar diretamente a Aije, disse: “Querem que eu demita 16 mil pais de família, querem que eu demita os professores, as enfermeiras, as técnicas de enfermagem, nossas merendeiras e os nossos vigias. Ao invés disso, eu vou fazer os concursos públicos para que essas pessoas tenham a chance de se efetivar”.
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